A UM AUSENTE
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste
Carlos Drummond de Andradehttp://pensador.uol.com.br/frase/Mzk0MDQ/
E nestes momentos em que a solidão é umaconstante em minha vida, quando me sinto tãodesprotegida, mais sinto tua ausência. Sãomomentos em que gostaria tanto de tomaraquele nosso chimarrão, do almoço, do lancheda tarde e do jantarzinho, preparado pra ti.Sinto falta de nossas conversas sobre tantos assuntos, infinitos. Presente, passado e o futuro.Tudo nos interessava. E sinto mais falta quetu eras meu esteio, meu porto seguro, naminha insegurança e na minha doença. fiz este blog em tua homenagem, as outraspessoas pode nada significar, mas onde estás espero que fiques feliz com a lembrança e a tentativa de relembrar, porque as pessoas teema memória rápida, pela exigência da vida atuale esquecem depressa. Pedi a diversas pessoasum depoimento sobre algum episódio ou mesmo período de convivência, recebi um. Ninguém temtempo pra estas coisas e a insegurança aumentae a saudade continua .....(Elaine)
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste
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